O 21 de março é lembrado como o Dia Internacional Contra a Discriminação Racial.
Quando uma pessoa acredita que a sua raça é melhor do que as outras dizemos que essa pessoa é racista. E a esse tipo de crença damos o nome de racismo.
Até o século passado, até mesmo os cientistas acreditavam que havia raças superiores (mais capazes, mais inteligente) e raças inferiores. Os cientistas acreditavam também que haviam raças puras e que essas raças “puras” eram melhores do que as “misturadas” (caso do mulato, por exemplo). Hoje sabemos que nada disso é verdade. Não existem raças “puras” e nem existe uma raça mais capaz do que outra. Mas por causa dessas crenças, muitos povos sofreram, como os judeus, durante a 2a Guerra Mundial, perseguidos pelos nazistas. Ou como os índios, considerados, até hoje, por muita gente, como incapazes. Ou como os negros, escravizados pelos europeus durante séculos.
Como em quase todos os lugares, no Brasil também existe racismo. Mas o racismo que existe no Brasil se apresenta de forma diferente, se comparado ao de outros países como a África do Sul e os Estados Unidos, onde chegam a morrer inúmeras pessoas por perseguição racial. No Brasil, um século antes da abolição da Escravatura (1888), já havia leis contra o racismo; nessa época, o sacerdócio deixou de ser proibido e filhos e netos dos judeus, mulatos e negros. E passou-se a aceitar negros e mulatos no serviço público. E, neste século, com a “Lei Afonso Arinos”, de 1951, o racismo passou a ser considerado crime.
O racismo é tão sério e injusto que se tornou uma das maiores preocupações da Organização das Nações Unidas. Mas, muitas nações continuam se esquecendo de que, embora as raças sejam distintas entre si, nenhuma delas é inferior ou superior às outras e todas elas têm o mesmo direito ao respeito e à liberdade.
O racismo já provocou e continua provocando sérias injustiças. Já na Antigüidade, muitos povos, como os gregos e os romanos, consideravam-se melhores que outros povos e os escravizavam como “seres inferiores”. Mas foi no século XV, com a colonização da Ásia, América e África, que o racismo se intensificou. Pois os europeus acreditavam que os habitantes desses continentes (os povos de raça amarela, escura e negra) eram inferiores e precisavam ser “civilizados” pelos brancos “superiores”.