Organização Mundial de Saúde e agência de saúde americana divulgaram orientações sobre como os pais podem tratar do tema com os filhos.
Em meio à pandemia do novo coronavírus, que já atingiu 146 países desde que a doença foi detectada na China pela primeira vez no final de 2019, órgãos como a OMS (Organização Mundial de Saúde) e o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos divulgaram orientações sobre como conversar com crianças sobre o assunto.
O grupo tem uma taxa de infecção menor do que a dos adultos. Mesmo assim, a OMS defende que os cuidados com as crianças devem ser os mesmos prestados a grupos vulneráveis, como pessoas com mais de 60 anos e com doenças pré-existentes (como diabetes e hipertensão).
Durante crises, as crianças podem se sentir carentes ou ansiosas, ter raiva ou agitação e se retrair. Em tempos de quarentenas e suspensão de aulas, as duas entidades orientam pais a conversar sobre o assunto com os filhos.
As orientações da OMS
Em 12 de março, a Organização Mundial de Saúde divulgou uma nota com considerações sobre a saúde mental e psicossocial da população durante a pandemia da covid-19. O documento inclui informações sobre como o assunto pode ser abordado com crianças.
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- ENCONTRE FORMAS DE EXPRESSAR O MEDO
Os adultos devem estimular as crianças a expressar sentimentos que podem ser despertados pela pandemia, como medo e tristeza. Para facilitar esse processo, recorra a brincadeiras ou desenhos. “Crianças se sentem aliviadas se puderem se expressar e comunicar seus sentimentos num ambiente acolhedor e seguro”, diz a nota.
- ENCONTRE FORMAS DE EXPRESSAR O MEDO
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- PRESERVE OS LAÇOS FAMILIARES
A criança deve ser mantida perto de seus pais e familiares, se isso for seguro, e não separadas de seus cuidadores. Caso a separação seja inevitável, garanta cuidados alternativos, como o acompanhamento regular de um assistente social ou equivalente. Durante os períodos de separação, cuide para que o contato com os pais ou cuidadores seja mantido duas vezes ao dia por telefone, ligações de vídeo ou mídias sociais, dependendo da idade da criança.
- PRESERVE OS LAÇOS FAMILIARES
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- MANTENHA AS ROTINAS
As rotinas diárias da criança precisam ser mantidas dentro do possível. Caso a criança fique em casa, crie novas rotinas com atividades que envolvam aprendizagem. Encoraje a criança a continuar a brincar e socializar mesmo que dentro do grupo familiar, quando o distanciamento social for necessário.
- MANTENHA AS ROTINAS
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- ESCLAREÇA AS DÚVIDAS
Crianças demandam mais dos pais em tempos de crise e estresse. Converse sobre o vírus com as crianças em linguagem apropriada à idade. Abordar as preocupações delas pode aliviar a ansiedade. Exponha fatos sobre o que está acontecendo e explique a situação com informações claras sobre como reduzir os riscos de infecção. Crianças observam os comportamentos e emoções dos adultos como exemplo para lidar com as próprias emoções em momentos difíceis.
- ESCLAREÇA AS DÚVIDAS
As orientações da agência americana
O Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos também fez uma série de recomendações sobre o assunto, em seu site.
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- Fique calmo e tranquilize a criança, pois ela reage ao que você fala e à forma como fala.
Esteja disponível para ouvir e falar, garantindo que a criança procure os adultos quando tiver dúvidas.
Não use linguagem que culpe grupos étnicos pela disseminação do vírus ou crie estigmas e evite supor que alguém próximo tenha a doença.
- Fique calmo e tranquilize a criança, pois ela reage ao que você fala e à forma como fala.
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- Preste atenção ao que a criança vê e ouve na TV, rádio e internet e considere reduzir o tempo de exposição ao assunto, pois muita informação pode causar ansiedade.
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- Forneça informações honestas e precisas sobre o vírus, compatíveis com a idade e o nível de desenvolvimento da criança.
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- Ensine diariamente ações que mitiguem a propagação de germes, como lavar as mãos pelo mínimo por 20 segundos após tossir ou espirrar, usar álcool em gel (com no mínimo 60% de álcool) sob a supervisão de um adulto, manter distância de pessoas que estão tossindo ou espirrando, e proteger a tosse ou espirro com lenço ou o cotovelo.
fonte: https://www.nexojornal.com.br/